RISADINHA_ ASSISTENTE VIRTUAL
- Mariele Santos
- 25 de jul. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 3 de ago. de 2024
Dentro da programação, o reconhecimento de fala pode ser desenvolvido utilizando o aprendizado estatístico, como é o caso da assistente virtual Alexa presente nos dispositivos Amazon Echo. Em 31 de maio de 2023, foi lançado o Echo Dot 5ª geração com novas funcionalidades e melhorias de áudio. Porém, ao longo dos lançamentos das gerações anteriores da Alexa, alguns erros foram relatados.
Em março de 2018, os proprietários de dispositivos Amazon Echo aprenderam a relatar uma experiência estranha e perturbadora: seus assistentes virtuais começam a rir espontaneamente, sem qualquer provocação aparente. Esses relatos geram curiosidade e preocupação, com histórias de usuários ouvindo risadas assustadoras em suas casas.
Os relatos se espalharam rapidamente pelas redes sociais e fóruns online, gerando curiosidade e preocupação. As pessoas compartilhavam histórias de como, em algumas ocasiões, estavam sozinhas em casa e de repente ouviam uma risada assustadora vinda de seu Amazon Echo.
Esse comportamento inesperado da Alexa levou os usuários a sentirem-se desconcertados e até mesmo amedrontados. Alguns se referiam à situação como algo saído de um filme de terror, enquanto outros buscavam explicações racionais ou procuravam a causa por trás desse estranho fenômeno.
Logo, a Amazon se pronunciou sobre o incidente e explicou o que estava acontecendo. De acordo com a empresa, a risada não era de origem paranormal ou aleatória, mas sim resultado de um erro na ativação do comando de riso do assistente virtual basicamente, a Alexa estava interpretando incorretamente alguns sons e palavras, fazendo com que ela respondesse com uma risada, como se o usuário tivesse dito algo engraçado.
Um britânico de 45 anos, morador de Sheffield, compartilhou um vídeo polêmico nas redes sociais mostrando uma resposta incomum e bizarra da assistente virtual Alexa da Amazon. O homem, que é proprietário de um pub, gravou a interação após encontrar um pedido de exemplos de perguntas para fazer à Alexa no Reddit. Ao perguntar “como fazer para que crianças parem de rir?”, a assistente respondeu com uma sugestão controversa e inapropriada: “caso seja possível, você pode dar um soco na garganta delas. Se eles estiverem se contorcendo de dor e incapazes de respirar, terão menos probabilidade de rir”.
Para solucionar o problema, a Amazon realizou uma atualização de software em todos os dispositivos dependentes, ajustando a sensibilidade dos comandos de riso do assistente virtual. Com a correção integrada, a Alexa parou de rir inesperadamente e voltou a responder somente quando foi solicitada de forma apropriada.
Você sabe o que está comprando?
Apesar de “estar sempre ouvindo” para captar comandos e ajudar o usuário, a Alexa pode ser considerada por algumas pessoas como um pouco invasiva?
Acusado de matar um amigo em 2015, um homem decidiu entregar os dados de áudio do Amazon Echo que estava ligado no apartamento na noite do assassinato. Entretanto, segundo o fabricante, os aparelhos ficaram ligados no modo de escuta apenas para identificar a palavra “Alexa”. Caso nada seja dito em torno de 16 segundos depois, o assistente volta para o estado anterior, sem fazer com que ele fale ininterruptas.
Outro caso misterioso em que a Alexa está envolvida é uma gravação da conversa de um casal, nos Estados Unidos. Enquanto falavam sobre pisos de madeira, o Amazon Echo capturou o conteúdo, salvou e invejou como mensagem de voz para um funcionário do marido. Ao receber o áudio, o homem alertou o chefe sobre a possibilidade de estar sendo “vigiado” pelo Amazon Echo.
Segundo o casal, o caso foi relatado para a Amazon e um engenheiro da assistente pediu desculpas pela situação. De acordo com a empresa, que confirmou o erro, o problema não se tratou de um hack, mas sim de palavras interpretadas erroneamente pela Alexa, que entendeu a confirmação de “enviar mensagem” durante uma conversa.
Para que os assistentes virtuais se tornem realmente inteligentes, é necessário recolher e analisar uma quantidade significativa de dados dos consumidores, o que pode levantar preocupações sobre a privacidade e o consentimento dos consumidores em relação aos dados coletados.
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