FEBRABAN E MINISTÉRIO DA JUSTIÇA FIRMAM PARCERIA PARA COMBATE A FRAUDES DIGITAIS
- Mariele Santos
- 27 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de fev.
Atualmente, oito em cada dez transações econômicas no Brasil são digitais, refletindo a crescente digitalização das finanças no país. No entanto, essa transformação também trouxe novos desafios, com golpistas adaptando-se rapidamente para explorar vulnerabilidades e atingir a população de diversas maneiras.
Essa realidade foi destacada por Walter Faria, Diretor-Adjunto de Serviços da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em entrevista ao Jornal da CBN. Faria enfatizou a importância do recente acordo firmado entre a Febraban e o Ministério da Justiça, que tem como objetivo desenvolver estratégias eficazes para combater fraudes, golpes e crimes cibernéticos no Brasil.

Em resposta a esse desafio crescente, a Febraban firmou, na última sexta-feira (23), um Acordo de Cooperação Técnica com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Esse acordo visa fortalecer as medidas de combate a fraudes, golpes e crimes cibernéticos por meio da criação de uma Estratégia Nacional de Segurança Financeira.
A iniciativa inclui a formação de um grupo de trabalho multissetorial, composto por representantes de entidades públicas e privadas, com o objetivo de desenvolver políticas públicas para prevenir e enfrentar crimes financeiros. A ideia é que o grupo reúna representantes do governo, bancos, telecomunicações, varejo, marketplaces, redes sociais, entre outros. Em três meses, o colegiado deverá entregar um relatório com sugestões.
Outro acordo foi firmado com a Polícia Federal, pelo qual a Febraban se comprometeu a trocar informações e promover medidas educativas para coibir crimes cibernéticos. A federação também forneceu computadores para que a PF possa combater a proliferação de ransomware, um tipo de vírus que invade sistemas, criptografa os arquivos e bloqueia o acesso dos donos às informações.
Isaac Sidney, presidente da Febraban, ressaltou que a colaboração entre o setor bancário e o poder público permitirá uma troca eficiente de informações e tecnologias. Isso facilitará o desenvolvimento de novas técnicas de prevenção e repressão, além de aprimorar as investigações e a identificação de organizações criminosas.
O acordo tem uma vigência inicial de 24 meses, com a possibilidade de prorrogação por períodos de até 12 meses, podendo durar até cinco anos. Esse prazo estendido dará tempo para a implementação consistente das estratégias e a adaptação contínua às mudanças no cenário das fraudes digitais.
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