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A CRIATIVIDADE HUMANA E A CAPACIDADE DE CONTAR HISTÓRIAS

  • Foto do escritor: Mariele Santos
    Mariele Santos
  • 17 de jul. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de ago. de 2024

 


Annie Murphy e Salma Hayek em “A Joan É Péssima”, da 6ª temporada de “Black Mirror” (2023).


À medida que a IA avança, mais lacunas são encontradas. Recentemente, os atores de Hollywood entraram em greve pela primeira vez em 43 anos, paralisando o setor de cinema e televisão americano devido aos temores em relação ao impacto da inteligência artificial (IA).


Essa greve é uma manifestação significativa das preocupações na indústria do entretenimento. Os atores temem a substituição por avatares de IA, o que poderia ameaçar seus empregos e diluir a autenticidade e expressão artística que trazem para seus papéis.


A greve ressalta o impacto da IA na indústria, despertando preocupações sobre a perda da singularidade humana na atuação. Transmitir emoções, conectar-se com o público e dar vida aos personagens são habilidades que muitos acreditam que a IA não possa replicar completamente.


Os atores de Hollywood unem-se para reivindicar seu lugar e garantir que a criatividade e a humanidade continuem a desempenhar um papel central no cinema e na televisão. Eles esperam que a greve estimule um diálogo mais amplo sobre o papel da IA no entretenimento.


Essa greve destaca a importância de equilibrar a tecnologia com a preservação da arte e da expressão humana. Embora a IA traga benefícios e avanços, é essencial seu uso ético e respeito ao valor único que os atores oferecem. A IA não deve substituir a humanidade, mas complementá-la, preservando a autenticidade e diversidade que tornam o entretenimento vibrante e cativante.


A discussão lembra o enredo de um episódio da série Black Mirror, de Charlie Brooker. No episódio intitulado “Joan é péssima”, da sexta temporada, a estrela de Hollywood Salma Hayek luta com a descoberta de que uma versão de IA dela pode ser usada por uma produtora sem seu conhecimento.


Além do sindicato SAG-AFTRA, outros também estão preocupados com a chamada “clonagem da performance”. O ator, diretor e produtor estadunidense, Jason Bateman afirmou: “O problema é que as corporações sentem que não têm margens de lucro amplas o suficiente, porque, se você pode eliminar a sobrecarga de ter que pagar a todos, pode apaziguar Wall Street e ter relatórios de lucros maiores. Se o uso de IA proliferar, a indústria do entretenimento vai destruir toda a estrutura desse negócio.”


Há preocupações legítimas de que isso acabe com o trabalho dos roteiristas. No entanto, a criatividade humana e a capacidade de contar histórias únicas ainda são incomparáveis?

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